GASTROENTEROLOGIA COLOPROCTOLOGIA

Disfagia Funcional

Quando excluímos essas e outras doenças como causa da disfagia, passamos a chama-la de “Disfagia Funcional”. Essa doença é chamada de funcional porque não existe nenhum tipo de infecção.

A disfagia é a dificuldade de deglutição. Quando a disfagia está relacionada a tumores, alterações anatômicas do esôfago, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), doenças sistêmicas que acometem o esôfago como a esclerodermia, doença de chagas, acalvásia, dentre outras, a causa da disfagia é orgânica. Quando excluímos essas e outras doenças como causa da disfagia, passamos a chama-la de “Disfagia Funcional”. Essa doença é chamada de funcional porque não existe nenhum tipo de infecção, inflamação e nenhum tipo de anormalidade podem ser constatados em exames. Disfagia funcional se caracteriza pela presença de sintomas crônicos e recorrentes, referentes à deglutição e ao esôfago.

O que é a Disfagia Funcional?

• É a sensação de que alimentos sólidos ou líquidos estão “parados” no esôfago ou não estão percorrendo normalmente o trajeto entre a boca e estômago.

Como é feito o diagnóstico?

• Para fazer o diagnóstico, os médicos se baseiam nos sintomas relatados pelo paciente por no mínimo três meses.
• Esses sintomas não podem estar relacionados à qualquer doença (ex: DRGE, acalásia, etc).

A disfagia funcional pode vir acompanhada de outros sintomas?

Além da dificuldade de deglutição muitos pacientes relatam:
• Dor no tórax
• Azia
• Regurgitação

Quais exames são necessários?

• Primeiramente, lesões estruturais e alterações anatômicas são excluídas através de Raio-x contrastado do esôfago (REED) e endoscopia.
• Em seguida, é realizada uma manometria esofágica para medir as pressões intra-esofágicas, verificando se há acalasia e/ou outro distúrbio motor do esôfago que afetam o movimento do alimento (sólido ou líquido) dentro do esôfago.
• O monitoramento do pH esofágico (acidez intra-esofágica) é realizado, somente, em pacientes que relatam ter muito refluxo e azia constante.
• Os exames podem ser repetidos de maneira intermitente de acordo com a evolução dos sintomas.

Tratamento

• A primeira medida é analisar a alimentação e o estilo de vida durante algumas semanas e buscar alimentos ou fatores ambientais desencadeantes dos sintomas.
• Para os pacientes que apresentam sintomas leves a redução dos alimentos que causam desconforto já á suficiente.
• Mastigar várias vezes antes de engolir ajuda bastantes nesses casos.
• O tratamento varia de acordo com a intensidade dos sintomas relatados pelo paciente.
• De acordo com esses sintomas, o médico pode prescrever medicamentos que relaxam os músculos do esôfago ou em caso de dor torácica associada, medicamentos que controlam a sensibilidade esofágica.
• No caso de paciente com doença do refluxo gastroesofágico, medicamentos específicos para controle dos sintomas de refluxo serão prescritos.

E quando o paciente apresentar uma desordem importante do funcionamento do esôfago?

• Um tratamento específico será recomendado pelo médico e pode exigir, além de medicação, tratamento endoscópico ou cirúrgico, porém é uma situação raras vezes necessária.

Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia